Reflexos e Reflexões

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

"Não quero amar,
Não quero ser amado.
Não quero combater,
Não quero ser soldado.

- Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples. "

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Segundas Chances

Eu sempre fui uma pessoa um tanto quanto orgulhosa. Quer dizer, em partes. 
Eu nunca gostei muito de correr atrás das pessoas, mas tinha uma pessoa que sempre me decepcionava e eu voltava atrás e perdoava, pedia desculpas e me arrastava. Umas amigas falavam "meu, você não faz isso por ninguém, para com isso! Ela faria o mesmo?" outro amigo falava "Juliana, o problema é que você pensa primeiro nos outros e depois em você!".
Mas é como eu já disse, infelizmente, tem coisas que não adianta alguém de fora falar. Eu sempre ficava muito brava quando ela dava mancadas comigo, dizia "dessa vez foi a gota d'água" e voltava atrás. Mas um dia o orgulho falou mais alto. Cansei. Não procurei mais e agora, uma melhor amiga é praticamente uma estranha pra mim.
O problema é que pessoas extremamente orgulhosas sempre conhecem outras igualmente teimosas, e aí quando tem um atrito, fica difícil mesmo. 
Bom, alguém tem que ceder. E sinceramente, não é vergonha alguma ser essa pessoa. De verdade. Isso só mostra o seu valor e o quanto você se importa e gosta da outra pessoa.
O problema é que muitas pessoas confundem "orgulho" com "amor próprio", porque as duas coisas são muito parecidas, e ao mesmo tempo, muito diferentes. 
São parecidas porque se não fosse, ninguém as confundiria, agora, o que as torna diferente?
Orgulho é quando você briga com uma pessoa, sofre, e não faz absolutamente nada pra mudar a situação. É quando seu ego é grande demais e você se acha muito superior pra "se rebaixar" a ponto de pedir desculpas.
Falta de "amor próprio" é beeem diferente. É tipo quando você tem uma amiga que já foi pisada e corneada milhões de vezes e não desiste, corre atrás e se humilha pelo cara - que não dá a mínima pra ela. Amar a si mesmo tem tudo a ver com pedir desculpas. Porque quem tem esse sentimento, não fica sofrendo por uma briguinha, se acerta e pede desculpas, só pra ver tudo bem de novo.
Aos pouquinhos, eu estou aprendendo a ser assim. É suuuper difícil às vezes, mas eu odeio ficar brigada com quem eu gosto, acho maior criancice esse negócio de "ficar de mal". Quando eu gosto e me importo com uma pessoa, eu tento pedir desculpas mesmo que eu achando que eu estou certa. E eu sei que eu não estou me "rebaixando" ou me "humilhando",  eu só estou tentando fazer as coisas darem certo, pra ficar melhor com a pessoa e comigo mesma.
Só que tudo tem um limite, né. Você não vai ficar sempre mimando e fazendo as vontades de alguém,  ainda mais quando você se desculpa e a pessoa não aceita ou simplesmente não se manifesta. Nesses casos, nem vale muito a pena insistir, ela tem que dar pelo menos um sinalzinho de que vai ser maior que tudo o que aconteceu e de que vai perdoar e esquecer. 
Falar "desculpa" e não mudar o comportamento também não adianta nada, falar da boca pra fora, só pra retribuir. Muitas vezes os atos valem bem mais do que palavras, e nessas situações é super verdade.
Orgulho muitas vezes não é uma grande qualidade e sim um sinal de fraqueza. É preciso ser grande pra reconhecer e aceitar os erros,  pra perdoar, e maior ainda pra passar por cima de tudo.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Sobre valorização, aprendizado, mudança e amadurecimento


Sabe quando as pessoas te dizem “olha, dê valor às pessoas que estão do seu lado, sua família principalmente” ou “não brigue com seus pais, um dia você vai se arrepender e sentir saudades”? Então, primeiro que ninguém é lindo e bem humorado o tempo todo e umas briguinhas são normais. O problema é ficar muito tempo brigado com alguém, sem se falar com a pessoa. A gente nunca sabe o que vai acontecer e ninguém gosta de guardar arrependimentos, então se é pra brigar e ficar bravo, (o que acontece o tempo todo), é essencial deixar quem a gente ama saber o que a gente sente, mesmo com as brigas e desavenças. Deixar a pessoa saber que a gente briga às vezes porque a gente é chato e enjoa e não que a gente briga porque não gosta da pessoa.
Segundo: na maioria das vezes, nem adianta alguém de fora falar, principalmente pra nós adolescentes. Muitas coisas entram por uma orelha e saem pela outra. Do tipo “ai, aquela velha chata ta dando esse sermão de ‘não brigue com sua mãe porque ela pode morrer e você vai se arrepender’ de novo?” Mas nem sempre é por isso. Tem gente que demora muito e espera acontecer o pior pra se tocar e depois morre arrependido, mas muitas vezes, a mudança de atitude e de pensamento tem que vir de dentro pra fora, e não o contrário. Em um certo momento a gente tem que soltar a mão da mãe e aprender a andar sozinho, tomar os nossos caminhos. Uma hora  você descobre sozinho o significado de tudo o que te disseram e se pergunta: "por que eu não prestei atenção, por que eu não mudei antes quando me disseram?" Simples, porque você não estava pronto. Quando tiver que ser, será. A mudança ocorre tão naturalmente que a gente mal percebe, e quando vê, já está seguindo não o que te disseram, mas o que é melhor pra você. Eu não sou uma pessoa super vivida e nem sofri muito na vida, mas depois de me decepcionar e de apanhar um pouquinho, hoje eu sei o que significa cuidar de quem corre do meu lado de verdade e de quem quer o meu bem.

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Os que estão sempre do meu lado, mesmo com MUITAS brigas.
Os que mesmo com MUITAS brigas, sabem que a gente briga porque vive junto, e não por raiva ou desafeto.